Gatos

A casa onde estou tem um gato e há uma gata sua amiga do andar de cima que aqui passa muito tempo. Na maior parte do tempo nem os vejo, pois estão a brincar pelo terraço e no trallón (o sítio onde se põem as tralhas eheh), mas todas as manhãs desta semana tem-se verificado o ritual que vos vou mostrar:

Quando saio do quarto, lá estão eles no correedor à minha espera.



Depois, atraem-me até à zona da sala, onde está a sua comida, sempre a olhar para trás a ver se eu estou a ir bem atrás deles.



Aí, esgravatam na sua tacinha à procura de algum pedacinho para comer.



Como nunca há nada (comeram tudo depressa de mais!), olham para a caixa a pedir que eu lhes ponha alguma coisa.



Ao ver que eu não faço nada, ainda esperam mais um bocadinho, a fazer um ar fofo para me cativar.



Aqui devem pensar que o melhor é desistir, pois já estão à espera há demasiado tempo.



E terminam a sequência com um olhar fulminante de quem diz "¡qué mala! não nos vai mesmo dar a comida!".

No primeiro e segundos dias ainda achei que era o Fábio que estava a dormir de mais e tinha passado a hora de lhes dar comida, então pus um pouco do granulado nas tacinhas deles, que foi devorado rapidamente. Mas depois contei ao Fábio e ele disse que eu não lhes deveria dar comida, pois o gato daqui está obeso e já tem de comer dieta! Parece que eles passam o dia a pedinchar comida aos senhores do andar de cima, depois voltam para aqui e pedem mais e acabam por comer muito eheh. Já não volto a caír no mesmo erro!