Finalmente esta semana, depois de já estarem decididos os horários definitivos para todas as cadeiras e ter conseguido conjugar todas as aulas a que queria ir (pois, aqui em Barcelona, estou a ter disciplinas pertencentes ao 3º, 4º e 5º anos, embora em Coimbra sejam todas do 4º), já sei o meu horário final:
Pois é, viram bem, só tenho aulas 3 dias! Apesar de esses dias serem bastante preenchidos, porque nunca venho a casa à hora de almoço ou nalgum dos furos, tenho o resto da semana para descansar e me divertir. E para fazer os trabalhos que os professores mandam, pois, apesar de serem menos aulas, temos bastante mais trabalho para fazermos por nós em casa que em Coimbra.
3 comentários:
Eu aqui no mestrado só tenho 2 hr de aulas POR SEMANA... e mts mais trabalhos!
Mas este horário da treta dá-me cabo da cabeça porque não se cria grande rotina de estudo... E tnh exames de 2 em 2 meses... Ai...***
Tanto quanto me é dado constatar, em Portugal e em alguns países da União Europeia quase não há componente prática no curso de Direito. Uma cadeirita ou duas, praticamente incipientes! Faz falta ir a tribunais , conservatórias, notários, etc. e "pôr a mão na massa", como soi dizer-se. Depois é o choque (quase anafiláctico) quando se entra no mercado de trabalho.
Bem, se é certo que o curso em Coimbra não tem uma grande componente prática, a verdade é que não sei se será um choque assim tão grande quando entrarmos no mercado de trabalho. Acho que há certas coisas que também têm de partir de nós, alunos, fazer e não cabe à Faculdade obrigar-nos, como ir por iniciativa própria ao tribunal assistir a audiências, inscrever-nos nos estágios de Verão que o núcleo de estudantes organiza, etc. E já foram feitos estudos que provam que, ao contrário do que se poderia pensar, os alunos que tiveram uma boa preparação teórica ao longo da licenciatura, se adaptam melhor depois à vida prática que os que fizeram um curso mais prático!
A verdade é que eu própria tinha uma opinião semelhante à sua antes de vir para aqui em Erasmus, mas agora vejo a excelente preparação que os alunos de Coimbra (apenas poderei falar sobre a minha Faculdade) têm comparados com os alunos espanhóis, por exemplo, que estão habituados a fazer trabalhos por tudo e mais alguma coisa, a realizar casos práticos em casa, a trabalhar em escritórios de advogados ainda durante o curso e têm um ensino do Direito como se fosse Matemática, nunca lhes é pedido realmente que pensem sobre alguma coisa ou que escrevam mais de 5 linhas numa resposta num exame, é tudo muito directo e sucinto.
Aqui tenho a oportunidade de contactar com estudantes de vários países da Europa e tive a felicidade de constatar que a preparação jurídica que tive até agora está ao nível deles ou, em vários casos, até melhor. Por isso, até vou apreciar muito mais para o ano regressar a Coimbra para fazer o Mestrado e voltar ao ensino da minha Faculdade a que já estava habituada e a que agora, ainda mais, reconheço o mérito.
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